Na praça de outrora

Na praça de outrora

Caminho nas ruas do meu pensamento
E vejo alameda com flores na guia
Brotaram viçosas, vivem ao relento.
Sinal que na vida suportam os dias,
Aguentam calor, tempestades co' vento.

Por alguns lugares há traços de amor
O amor transparece feliz e sorrindo
No abraço trocado emanando calor
Nas mãos generosas sempre repartindo.
Ali há perfume espalhado pelo ar
e muitos joelhos se dobram a rezar.

Avanço a avenida e vou mais adiante
As guias são tristes sem cores à tarde
Ali todos passos são tão inconstantes,
Não vejo vestígio de serenidade.

Então paro um pouco para meditar
Sentada num banco da praça de outrora
Olho a matriz e canteiros a aflorar
Procuro lembrar de todas as auroras.
Para a mente vem: que só devo louvar,
Pois, quantas vitórias alcancei ao trilhar!

Às curvas vencidas ensinaram viver
Eu sobrevivi, pois, fui carregada
Co' fé absoluta abasteci meu ser
Para ter a força e findar a jornada.

Márcia A Mancebo

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Comentários

  • This reply was deleted.
  • Márcia querida, sempre me delicio com teus versos!

    Sou tua fã! Parabéns!

     

    DESTACADO!!

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CPP