Namoro Cigano
Frutose de menina veste em estampados
Cheirinho de leite materno da inocência
Brinca com seus pares, os meninos calados
Vive um dia por vez destino na cadência
Da luz do sol, do luar, da chuva tempestade
Ressuscita na densa floresta o respeito
Dalila são bonecas pura a castidade
Esposo pré-escolhido, aroma rarefeito
A tradição sorvida clara água os costumes
O futuro dará rito a mulher cigana
A virgem virgindade não cabe queixumes
O namoro a distância vigiado não engana
O dote vantajoso é o verbo Romani
Língua que sem escrita a casta oratória
Noivado e casamento anseia o colibri
Dalila no vestido vermelho apraz notória
O vermelho destaca os saiões coloridos
As joias da nobreza douram liberdade
Igor da Paz o príncipe aquieta alaridos
Dalila prova o sangue ao lençol sem alarde
FIM
Antonio Domingos Ferreira Filho
2019REVAD
Rio de janeiro
Comentários
Essa tradição cigana foi bem descrita em seu belo poema, Antônio.
Parabéns!
Gostei dessa foto.
Um abraço