...Silêncio quieto

...Silêncio quieto

Pela janela da alma
Vejo a vida passar
Sinto - me qual inseto
Voando sobre as flores
Uma a uma com calma
Desejando sugar
... Silêncio quieto
A doçura com cores.

Vejo a vida passar
Abominando o fel
Ansiando viver
Procurando a beleza
Existente no amar
Que é doce qual o mel
E abranda todo ser
Levando a vil tristeza.

Sinto - me qual inseto
Às vezes sem destino
Num jardim tão florido
Indecisa sem rumo
Me escondo qual um feto
Nesse tempo menino
Às vezes dolorido
Onde não encontro prumo.

Voando sobre as flores
Sinto um aroma bom,
Olhando o azul do céu,
Nuvens a passear
Esqueço minhas dores
Sentindo uma emoção
Canto sem escarcéu
As canções de ninar.

Uma a uma com calma
Que aprendi tão criança
Que trago para os dias
Ao sentir - me abatida
Quando a dor invade a alma
E não perca a esperança
Relembro as melodias
Que embalei pela vida.

Desejando sugar
Tudo que me fez bem,
Só tenho a agradecer
O que a lida ensinou
O que aprendi doar.
Todo afeto também
Recebido ao viver
A ser o que hoje sou.

...Silêncio quieto
As rosas em botão
Que ao abrolhar são tão belas
Pinturas parecendo
Pássaros inquietos 
Enfeitam a estação
Qual molduras e telas
O mundo enaltecendo

A doçura com cores
Deste céu todo azul
Com estrelas brilhantes
Flâmula que estremece
Ao longe com ardores
Com o vento do sul
Melodias soantes
No horizonte são preces!

Márcia Aparecida Mancebo

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