https://www.youtube.com/watch?v=-1pMMIe4hb4

Deixaste-me aqui fora
Sou névoa e sou frio
Espelho quebrado espírito abandonado
Até mesmo recusado
Por sua própria dor
A amargura infiltrada nas paredes
Tingidas de lágrimas e bolor

Grito em voz trêmula quase não ouço
Por que me deixastes?
Olhe por esta janela
É só o que te peço
Tão solitários estão nossos sonhos e feitiços
Todos aqueles que tu desertaste

Abra a janela deixe-me entrar

Já não reconheço tua gravura
Ilustração vazia
Uma tela sem pintura
Houve um tempo me lembro
Que ali enraizava-se poesia

Abra a janela deixe-me entrar

Noite das bruxas que amam
Magia cinza a vir do bem
Dai-me a sabedoria dos que veem
Corpo mente espírito e emoção

O piano toca então a música que a gente ria
Teu olhar rangendo se desvia
As velas se acendem sorri a lembrança
Lembraste de mim... tua esperança
Nunca te esqueças do poder da canção e da magia

A janela se abre no vigor do vento
Vem de dentro libera a chama
As cortinas amareladas agora brancas
Flutuam no gélido da madrugada
Valsamos alma e fé em rodopio crescente de carícias

O ciclone envolve a floresta
As folhas lágrimas das árvores
Dançam e fecundam
Da ilustração antes vazia
Surge o sonho em vida renascida
Reescreve a magia
E de longe

A coruja sorria...

Deus abençoe as bruxas
Carlos Correa

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Comentários

  • Gestores

    Lindíssima composição. As bruxas estão envaidecidas.

  • Olá Carlos Manuel:

    Um marcante poema, caro amigo

    Deixar a janela aberta às vezes podem nos trazer um susto daqueles, pois junto a elas as bruxas parecem estar soltas.

    Parabéns

    Abraços

    JC Bridon 

    • ah...mas eu deixo que entrem...rs...obrigado meu amigo por sua amizade e carinho! Deus o abençoe

  • Parabéns! Adorei a sua poesia!

  • 12281714488?profile=RESIZE_584x

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