Íntimas delicadezas em 4 atos

 1 er. Ato

O espelho também mente, e ali que vemos nossas primeiras hipocrisias.

Repetir ofensas gratuitas,

Dever explicações murmurando esperanças  reservando algumas dores para depois.

2 do. Ato

A perfeita discrição de pessoas maduras,

Olhar o momento dessa dolorosa realidade tão envelhecida, tão propia da alma que deseja e luta contra essas injeções de morfina que tentam afastar a escuridão abominável do silêncio que machuca essa insensatez cadavérica.

3 er. Ato

O trem que parte imóvel não perdoa nem julga, 

Olhando a paisagem some pela pequena janelinha, ter sonhado um instante expressando uma inequívoca vontade de sair da vulgaridade, mais depois vem o vazio,  com todas suas repetições dramáticas, 

4 arto. Ato

A perfeita incapacidade do capaz,

Levo comigo guarda chuvas e guarda sois, e alguns conhecimentos de dez anos atrás, 

Tive sérias pretensões com amores que deixei esfriar, compreenderam mais meus sorrisos que minhas palavras, 

Pedaços de mim já me colocaram em momentos decisivos, atravessei sonámbulo toda essa miséria e agora gota a gota me desfaço dessa velha amargura. 

 

 

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Diego Tomasco

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