Oferece-me seu terno sorriso,
porém, desejo o seu corpo, o seu sexo.
Olho no espelho e gosto do reflexo,
um súbito delírio de Narciso.Toda vaidade é falta de siso,
logo ao constatar fico perplexo.
Tentando resgatar lépido o nexo,
o correto do ilógico diviso.Vou buscar meu latíbulo nas pândegas,
com as bacantes faço meu retiro.
Perco-me no plural de tantas nádegas,
toda norma moral fugaz pretiro.
Sei que minhas parceiras são sacrílegas,
mas, destas Ninfas quero ser o Sátiro.
Comentários
Parabéns, Ilario!
Belo soneto.
Um abraço
Maia uma bela obra. Parabéns Ilário!