A existência é mero pesadelo,
parcela diminuta do infinito.
A morte é um êmulo congênito,
que rindo nos mantêm por escabelo.
Quiçá do divinal seja um modelo,
que prefere manter-se bem incógnito.
Este filosofar deixou-me atônito,
pois, não posso fugir do meu flagelo.
Caminho para o último parágrafo,
sinto que meu organismo ficou lasso.
Sou o oposto do sutil Zigoto amorfo,
é triste declarar o meu fracasso.
A entropia terá o seu triunfo,
mas, terá meu desdém, irei ser tasso.
Comentários
Lindo e profundo esse soneto!
Parabéns, Ilario.
Abraço
Parabéns por teus versos, Ilário!