O diário de lúcifer

 Sentado no meu trono vejo o que sou e o que fui, aqui nesta escuridão profunda onde os ímpios não tem vestidos nem trabalho nem batalhas, 

A eternidade e o único conceito que temo, muito mais que a verdade, sou ferro e fogo, diamante obscuro, pedra na água, o tempo não existe e nem a morte, mordemos a maçã e somos transitórios,

Este frío é um fogo que queima somente almas com meus olhos de sombra e suavidade, eu um trovador maldito e solitário, tão vazio e tão cheio de orgulho,

A esperança e uma mentira violenta inventada por mim, descem até aqui as almas após uma sequência de orações enterradas, são rostos e dentes, inimigos do mundo e do que chamam de amor,

São meus filhos vertiginossos no assombro e na dor, minhas leis advertiram dos perigos desse clamor insatisfeito, dessa sombra da criação, 

Estou aqui persuasivo, imóvel e tenrro, fingindo uma piedade trivial e sedutora, minha boca de sangue procura na noite os teus olhos abertos e recolhe de ti todas as provas para levar-te comigo.

 

 

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Diego Tomasco

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