Sabe eu queria te trazer um presente
De repente percebo seria um passado?
Algo que pudesse de uma forma... tocar
Uma lembrança algo além do olhar
Então chamei o vento veio de longe cansado
Suave ainda que ofegante alcançou minha face
Permiti que entrasse e num sopro ele se foi
Senti que ele aguardava mas só consegui ali dizer oi
Não sabia com certeza precisava antes
Encontrar o caminho do mar e
Longe era a distância do meu deserto
Até que o vento me mostrasse o que era certo
Clamei pela noite onde as sombras se encontram
O fio das luas conectando planos e desejos
Decidi então que toda aquela poeira e todos aqueles gravetos
Deveriam seguir rio abaixo encher de vida meu esqueleto
Nas mãos tenho a chama que aquece a mistura
Reúno as letras desconexas e as direções erradas que tomei
Por entre pequenos pedaços de respiração acrescento a melodia
Não a noite nunca chega enquanto não se der por afogado o velho dia
Na madrugada de outro sonho
O vento toca outra face
Tinha aspecto de uma criança aprisionada ao chão
De olhos fixos e sorriso aberto ao giro de seu peão
E foi já quando o dia se deu por vencido
E o vento já saía de dentro de mim
Que pude ouvir aquilo que te deixo como recordação
Um presente um passado algo insano que o vento me disse ser uma canção
Deus nos abençoe
Carlos Correa
Comentários
Parabéns,Um encanto de poema.....
Abraço
Te agradeço Marcia, Deus a abençoe
Boa noite poeta Carlos meus
comprimentos pela belissima poesia adorei ler abraço...
Obrigado Eudalia, fica com Deus.