O tempo da Vida e oTempo do eu

Existe, apenas,

O tempo do eu

E o Tempo da VIDA.

 

No tempo do eu viver é agonia.

É viver de esperar o que nunca virá.

É viver o presente pelo mesmo passado,

E levar o presente para o mesmo futuro.

 

No tempo do eu a vidraça embaça,

E a LUZ se refrata perdendo o brilhar.

 

No tempo do eu, o tempo se perde,

A vida envelhece e a esperança se ausenta.

 

 

Mas

 

 

Existe um momento,

Um momento sem tempo,

No qual conquistamos,

Pela dor e agonia

Que este tempo nos traz,

O direito da graça

De para sempre mudar,

A roda sem freios,

O estado insano,

De vida medida

Pelo tempo do eu.

 

E por este direito,

No limite do insano,

Nos é permitido,

Olhar para um Tempo,

Um Tempo sem tempo,

Que traz a alegria,

A alegria perfeita

Da vida Refeita,

Que se indireita,

E não mais se sujeita,

Ao tempo do Eu.

 

 

Oh, VIDA perfeita!

Tira meu tempo!

Desloca meu vento,

Para longe dos olhos,

Dos olhos do Eu.

 

 

Oh, VIDA perfeita!

Endireita minha via,

Corrigi minha dor,

Faz-me entender,

O olhar do olhar!!

 

Oh, VIDA perfeita!

Tira-me tudo,

Tudo que sei,

Tudo que penso,

Tudo que sinto,

Tudo que faço,

E tudo que sou.

 

E sem nada de mim,

E sem ego nenhum,

Mostra-me a LUZ,

Que no tempo da VIDA,

Tudo se é.

 

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Claudio Favoretto

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Comentários

  • Realista e melancólico, porém poeticamente, perfeito. Parabens

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