Oh, noite!
Tristonha é a tardinha ao morrer no horizonte
Perdendo a luz pouco a pouco se vai…
Num breu surge a noite, vem detrás do monte
Mudando o cenário trazendo meus ais.
Oh, noite! Quem dera ficasse escondida;
Não surgisse agora que estou recordando
Do tempo de outrora nos braços da vida
Feliz eu vivia co' o amor me acenando!
Nesta escuridão sem estrela, sem lua.
Somente a tristeza me faz companhia!
Este desamparo me faz sentir nua
É tanto o silêncio que até me angustia.
O tempo não passa e dormir não consigo;
O sonho voou com as asas do vento
Deixando um vazio, uma falta de abrigo;
De braços, de afagos… só por um momento.
Oh, noite! Chegaste qual um furacão;
E tão enfadonha trouxeste cansaço
Deixando oprimido todo o coração!
Agora sozinha não sei o que faço
Para suportar esta vil solidão!
Márcia Aparecida Mancebo
Comentários
Obrigada, Margarida
Obrigada amiga querida.
Bjs