Ora, pois!

Ora, pois!

Ora, pois! Meu bem não é meu
Se perdeu ao léu da diversão
Dos sorrisos indecisos
Das bebidas indevidas de emoção
Dos valores sem pudores
Da barca da ilusão

Ora, pois! Meu bem não é.
Não seria todavia sempre meu
Linda leve como pluma a pairar
Pelas noites feito estrelas a brilhar
Ofuscando toda aquela escuridão
No vazio no silêncio da pulsação

Ora, pois! Meu bem
Meu bom discreto equilibrado
Desconcerto todo em tua presença
Disfarço inútil minha inocência
Ao teu sinal no menor espaço de tempo
Recobro por inteiro a consciência.

Jorge Santoli 

 

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Jorge Santoli

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