Existiu um tempo era de magos e magias
Não usavam capas sequer tinham varinhas
Eles tinham algo especial chamavam ousadia
Enfeitiçavam todos ao redor até reis e rainhas
Usavam guitarras teclados mas tinham um segredo
Tinham em sua corte o instrumento da bela voz das sereias
As notas subiam a noite como bolhas de sabão e logo cedo
Estouravam pelo chão nascendo cantigas por toda aldeia
A cada dia renascia nos olhos de cada um a esperança perdida
Notas brotavam da terra molhada como humildes folhas verdes
Eram colhidas pelas senhorinhas vindo as crianças logo em seguida
Risos margaridas e brincadeiras peças cantadas por entre muitos flertes
Era um tempo de magos e sonhos
Quando das cinzas vinham as poções
Que faziam os vastos campos de meus olhos
Enfeitiçados por seus lábios e canções
Deus abençoe as cinzas que renovam
Carlos Correa
Comentários
Belo poema, Carlos. Sempre recheado de muita sensibilidade.
Te agradeço minha amiga, Deus a abençoe