Hoje fui violentamente atacado por uma tempestade
Um temporal de lembranças do velho Rio de janeiro
Algo forte intenso confesso como gostava daquela cidade
A vida tem dessas coisas e me afastou da Portela e do Salgueiro
Não que eu fosse do samba mas tinha minhas simpatias
Talvez o Rio guarde uma parte minha que tenho saudade
Aquele moleque do calçadão de Copacabana que sorria
Que ouvia música corria e veio a vida foi-se a liberdade
São tantas recordações gravadas mas seria deselegante confessar
Sabe eu tenho muita vontade de encontrar um ouvido e conversar
Contar tudo aquilo que inunda minha memória guardado no peito
Num barzinho em Botafogo ou no caraoquê totalmente sem jeito
Das tardes esportivas no Colégio Santo Inácio à formatura em Medicina
Da ingenuidade das cantigas de mãos dadas nas estradas do interior
Até os shows no morro da Urca grandes cinemas ficavam nas esquinas
Não trancafiados em shoppings vivíamos em bandos e era a todo vapor
Hoje talvez quem sabe nada disso tenha alguma importância
Muito foi esquecido ou guardado em uma ou mais lembranças
Mesmo aqui dentro o sentido se perde com o tempo e a distância
Ainda assim foi da maresia de Copacabana que fui forjado desde criança
Deus abençoe esta cidade maltratada e Maravilhosa
Carlos Correa
Comentários
Cidade linda, cheia de atrativos, hoje dá medo andar pelas ruas como anos atrás.
Parabéns pelo belo trabalho.
Destacado
Obrigado Márcia...bj grande fica com Deus
A cidade maravilhosa entregue ao tráfico e a violência.
Mas quem a conheceu em tempos outros sente saudades.
Parabéns pelo belo texto.
Eu sinto, às vezes...tanto...obrigado margarida, Deus a abençoe
Rio de Janeiro com todas as suas riquezas,apesar de tanta crueldade agora existente, nos mostrou que ali naquele abençoado (à epoca) cantinho vibra com seu magestoso carnaval, com momentos de puro viver.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
ah o Rio...obrigado amigo, Deus o abençoe