A madrugada já estava acordada bem acordada
A vegetação rasteira parecia um tapete aveludado
Movendo-se como se fugissem juntas por uma estrada
Corriam da brisa retornando ao mar frio e enluarado
E havia vaga-lumes um dois três de repente uma nuvem
Inteira se levantava da mata subindo em direção ao breu
O vento assobiou-me em segredo eram as lágrimas dos Homens
Órfãs e esquecidas recolhidas pela terra devolvidas ao céu
E as lágrimas livres e aquecidas voavam acreditando ser pássaros
Viviam sua metamorfose as igrejas tocavam seus sinos e nem sabiam
Que anunciavam a passagem dos vaga-lumes em suas asas de Ícaro
Entoavam seus hinos preces orações cartas de amor agora elas riam
No dia altivo já não se viam mais suas luzes
Ninguém percebeu sua verdadeira transformação
Agora elas já tinham um novo nome sorrisos
Sorrisos que o sol derreteu e devolveu ao coração
Deus abençoe o ciclo da vida
Carlos Correa
Comentários
Belíssimo poema. Parabéns e votos de boa semana
Obrigado Lilian, Deus a abençoe
Lindíssima poesia, Carlos. DESTACADO.
Oh minha amiga...você você....obrigado...Deus a abençoe em cada instante da vida