POEMA DE UM HOMEM COMUM



Sou um menino feito de corpo e de alma
que se tornou adulto, mas ainda carrega os sonhos de criança
movido de fé e de esperança.

Cidadão comum, que de coisas por vezes se lembra,
outras vezes nem sabe que coisas são essas,
tem certas coisas que já não me surpreendem de jeito algum.

Sinto saudades dos tempos idos,
de momentos raros e de fatos nem vividos
tenho medo do hoje e dos ontens antigos.

Prezo as pessoas, venero os amigos
creio que não tenho inimigos.
Ainda tenho friozinho na barriga diante de novos desafios,
evito relacionamentos sem propósitos e carregados de vazios

Peço proteção aos céus todas as manhãs,

sob o sol escaldante não dispenso o hidratante,
mas se o tempo muda,
tenho em mãos o guarda-chuvas
Antes de sair, ainda obedeço uma voz difusa:
"meu filho não se esqueça de levar a blusa."

Não tenho medo de caretas
também tenho os meus perrengues
e os boletos nas gavetas
Com um suor danado,
cumpro o prazo, não tenho nada atrasado.

Na política não discuto a preferência
se esquerda, centro ou direita.
Digo apenas que sou canhoto,
longe de ser destro,  não aceito o voto de cabresto.

Não tenho um santo de devoção
mas todas as noites rogo proteção
Sou um ser comum feito você, com predicados e requisitos
nem mais feio, nem mais bonito,
por vezes muito esquisito.

Sou um menino feito de corpo e de alma
que se tornou adulto, mas ainda carrega os sonhos de criança
movido de fé e de esperança.

SAMUEL DE LEONARDO (TUTE)

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