Poema sem título

Poema sem título
( Em décimas)

A falta que sinto do abraço e calor
Sozinha na noite as estrelas clamando
Que diga pra mim que não estou sonhando
Somente o luar conhece minha dor.
Não quero que pensem: sou ser sofredor.
Preciso mostrar que sou forte e aguerrida
Que tenho orgulho sem temer a lida
O meu sofrimento, viver tão sozinha,
Tem hora marcada, chega na tardinha
Quando o sol se esconde a lembrar minha vida.

Lembrar minha vida dum tempo distante
Da paz que existia em meu ser inocente
Das horas tão boas d' um adolescente.
Pois, se triste estou, se esconde num instante
Os raios da lua que são mui vibrantes
E fico no escuro a chorar de saudade
Ah, como queria ter a felicidade
Que provei um dia com gosto tão bom...
Agora tristonha sofre o coração
Pois, tudo foi sonho, nada foi verdade.

Ainda tenho nos lábios o sabor
E nesse sonhar embarquei sem pensar
Com os sentimentos me pus a brincar.
Não deixa que vejam chorar por amor
Oh belo luar que clareias a flor!
Apague o meu rastro da vil caminhada
Não quero que saibam onde estou nessa estrada
Eu quero que pensem que sou como a lua
Que encanto onde passo vagando na rua
Que sou bem feliz e também muito amada.

Fingir é pecado, mas é excitante
Se a vida é um teatro assim vou morrer
Escondendo o que sou para não sofrer
Sequer que percebam a angústia constante.
E ser mascarada....serei doravante.
Não tem importância o que pensem de mim
Se choro escondido e meu choro é sem fim
Somente eu sei o tamanho da dor
Que faz do meu ser um pobre sofredor
Preciso ser flor que perfume o jardim.

Márcia A Mancebo
17/01/2022

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