Poesia

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Meu braço repousado nesta escrivaninha 

Minhas trêmulas mãos escreve versos 

Que as antigas saudades reproduzem

São fantasmas que a mim quer visitar 

 

Não me falta o rapé da velha ladainha

Ajuda na imersão dos males imersos

As vizinhas nas janelas seduzem

A velhice persiste e não quero quitar

 

O belo mar que sublima. 

Ondas salgadas do mar

Que minha alma redime 

Nossa solidão calar

 

Verdes alfaces e capim e folhas

Querubim ronda velha  ideia

Meus pés ralos estão com bolhas

É o tempo passando como diarréia. 

 

Já não escrevo como jovem adulto

Sei senil que sou feliz nesta viagem

No quintal assumo e assim catapulto

Vejo embaçado tudo uma vertigem

 

O Sol o mar arrebenta

A umidade do ar

Limites vida sustenta

Natureza a voar

 

Fim

ADomingos

22/07/2022











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Comentários

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  • 10667599260?profile=RESIZE_400x

    • Gratíssimo amiga Angélica por ler e pela bela gravura.

      Esteja Feliz e com Deus

      Abraços de Antonio Domingos

  • Adorei,...a gente vai lendo esperando que haja mais um pouco, que não termine...gostei muito. Deus o abençoe

    • Olá Carlos Correa. Obrigado por generoso comentário em meu humilde trabalho. Esteja Feli e com Deus

      Abraços de Antonio Domingos

  • Boa tarde:

    "Meus pés ralos estão com bolhas

    É o tempo passando como diarréia."

    Belíssima definição sobre "velhice".(rs)

    Assim caminharemos, no tempo a se esgueirar, nos mostrando que, a sequência das vidas, só acontece aos seres vivos.

    Parabéns

    Abraços
    JC Bridon

     

    • Que generoso amigo Bridon seu comentário.

      Obrigado por ler de coração.

      Abraços de Antonio 

  • A sua arte contagia e vicia. Parabéns 

    • Grato por sua generosidade para com este escravo das letras 

      Muito obrigado. Feliz com o comentário

      Abraços de Antonio 

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