Caminho por essas ruas em preto e branco
Não há cores não há vítimas uns compram
Outros vendem uns choram outros sangram
Tinha um cara olhando pra mim ali no canto
Segui pelo meio fio me disseram que é errado
Andar nas calçadas coisa de gente quadrada
Bóris pílulas um monte de garrafas quebradas
Cortam meus pés esqueletos de pulsos cortados
Escravos carregando pedras das minas do rei
Vitrines vivas mercadorias cruas véus borrados
Gritos abafados pela euforia da luxúria sem lei
Tolos vocês acham que é melhor aqui deste lado
Mas tinha um cara olhando pra mim naquele canto
A maioria não consegue vê-lo até parece apagado
Eu fui até ele e mostrei o quanto estava cansado
Ele me deu a mão e hoje conto histórias sobre meu pranto
Deus abençoe os que estão ali nos esperando
Até que consigamos vê-los parados ali no canto
Carlos Correa
Comentários
Um poema de verdades com o embalo perfeito do autor. DESTACADO.
Oh amiga...obrigado...fica com Deus
Linda inspiração!!!! Parabéns, Carlos.
Um abraço
obrigado Márcia, Deus a abençoe
Parabéns pela inspiração,poeta!!
Aplausos!!
Te agradeço Ci, fica com Deus
Boa tarde:
Infelizmente aqui, no nosso querido Brasil, ainda temos muitos sem nada na vida.
Um belo e expressivo poema.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Obrigado JC pelas palavras. Deus o abençoe