Eu não sei ao certo onde eu estava
Havia sons batuques perfumes tambor
Não sei se era dia ou apenas se sonhava
A prosa entre os atabaques parecia um louvor
Tive a oportunidade de testemunhar aquela dança
Diria enfeitiçado pelos movimentos envolventes
Vi o fogo me cercar vi seus rostos queimados à frente
Ouvi os cânticos chamados que não sairiam da lembrança
Aqueles rostos riscados também olharam pra mim
Senti meu coração invadido e uma dor se espalhando
Escorria por entre minhas raízes já não havia jardim
Uma sensação de vazio e de leveza um menino brincando
Dos atabaques e agogôs veio toda aquela explicação
E entendi que tudo que me pesa deveria virar fumaça
Que meu corpo não irá descansar enquanto não faça
Da tristeza uma terra estéril de uma prece minha canção
Que o cansaço vá embora...
Carlos Correa
Comentários
Obrigado Márcia por esse carinho. Deus a abençoe
Ora, o próprio amigo Poeta fez uma auto reflexão.
Não dá para viver com a tristeza, ela tem de se afastar a qualquer momento e que seja quem sabe com uma prece e uma canção. A prece não deve ter religião, nós os seres humanos é que seguimos uma religião exceção aos Ateus
Parabéns estimado Carlos Correa por bela Poesia.Com expressivas reflexões.Bela obra
Abraços de Antonio Domingos
Obrigado por sua atenção, por suas palavras e presença. Deus o abençoe