Rara tapeçaria

Rara tapeçaria.

Não deixo a aurora da vida me consumir;
Nesta idade, os sentimentos fragilizam.
E das intempéries não dá pra fugir.
Chegam como furacão e martirizam.

Mas faço tudo para não me machucar.
Impeço que infle o meu coração de rancor.
Idade da aurora que anseia recordar
O que marcou a mocidade, o belo amor!

Então, solfejo o viver com maturidade
Acalentando a aurora, tempo que sonhei.
Idade enfeitada com flores da saudade.
Rara tapeçaria que os instantes bordei.

Ah, aurora da vida, envelheço sorrindo
fazendo de conta que o tempo não passou…
… E se o espelho mostrar um traço já sumindo;
é somente reflexo do que já brilhou.

Márcia Aparecida Mancebo
29/06/25

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Comentários

  • Impecável, Màrcia. Beijos

  • Concordo totalmente com a Ciducha lindo poema. Suas memórias estão acesas e isso é ótimo. Viva, contemple, ame, sonhe, pois estas viva, é seu direito. Forte Abraço!

  • "Ah, aurora da vida, envelheço sorrindo
    fazendo de conta que o tempo não passou…
    … E se o espelho mostrar um traço já sumindo;
    é somente reflexo do que já brilhou."

    LINDO! LINDO!

    Beijosss

  • Espetáculo de Poesia em lindos versos em Rara Tapeçaria.

    A Aurora um protagonista de seus versos e Poesia.

    Sim, a autora lhe trará belas reflexões e sabes que sempre vale a pena viver.

    Saudades do que brilhou, fez parte da nossa vida e devemos ter esperanças.

    Abraços amiga Poetisa Marcia Aparecida Mancebo em belíssima Poesia.

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