Realidade

Realidade

Há tanta ganância na terra dos fortes
corando a minha face com a vergonha.
Há quem do poder, sem pensar que há mortes
adentram sem dó numa guerra tamanha.

Mentes poluídas desfilam nas ruas
Servil… sempre pronto pra mão estender,
Gentis cavalheiros, claros qual a lua,
Desejando apenas nossa alma prender!

O ser, esse ser de essência, que conheço.
Perdeu — se num vago mistério profundo.
Faz do afã cajado, o perfil do adereço.
Esconde seu brio e solta — se ao mundo...

E vai à corrente da vida enganando
com traços tão, plácido, finge a dormência.
Enquanto, há quem, vive na rua clamando:
Pedaço de pão, para a sobrevivência!

Márcia A Mancebo
23/06/2022

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Comentários

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  • A realidade assusta e tantos descasos que nos deixam desanimados com o sistema e a comunidade coomo um todo,mas sigamos. Saudações pela poesia. Bjs

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CPP