“REVIDA”
Me vi só, sem ninguém
sem uma alma
que me amparasse
sem um ombro onde chorar
sem lágrimas para derramar.
Me senti tão infeliz
Como uma ave
Sem rumo e sem ninho.
Eu não era (nada)
E nada representava
Por isso vivia tão solitário
Que até os pingos da chuva
E os raios do sol e da lua
Não me tocavam.
Vivia perambulando e vagando
Tal qual vagalume apagado
Numa noite escura e úmida
Sem encontrar o caminho de casa.
Assim vivia
Sem motivos para sorrir
Sem conhecer a felicidade
E sem saber o próprio nome.
Olhava e não via
E sem ver o que se passava
Passava passando
Esta vida de dor
Que agora vivia.
Lamentos entristecidos
Ecoavam em meus ouvidos
Por sentir que sem a vida
Nada sentido teria
Perambular pela vida.
Meus olhos sempre fechados
Do medo das belas coisas
Jamais se atreviam a abrir
Porém acreditava
Que talvez o impossível
Pudesse novamente acontecer.
Senti medo, frio e fome
Senti um aperto no peito
E meu coração corajoso
Começou a badalar.
Era o sino da vitória
Das conquistas e dos prazeres
Que me devolviam a vida
Trazida pela esperança perdida
De uma vida de outrora.
JC BRIDON
Comentários
"Era o sino da vitória
Das conquistas e dos prazeres
Que me devolviam a vida
Trazida pela esperança perdida
De uma vida de outrora."
Belíssimo!!!
Desfecho genial. Parabéns, Bridon.
Um abraço
JC, teus versos me encantam!
Parabéns!
DESTACADO!
Angélica:
Começamos a acreditar em nós mesmos quando dos seus corações brotam o incentivo que necessitamos.
Obrigado
Abraços
JC Bridon