Segunda seguinte

Entre o deslumbre e as suposições sucumbiu a beleza,
A índole e o indigno são duas caras da mesma moeda,
Pensando em formas de diversificar inventamos armas;
Mais lutamos sempre a mesma guerra
Mudanças , calamidades e nostalgias fazem parte do pacote,
Mais sempre temos uma segunda seguinte com a mesma frivolidade,
Pela primeira vez cheguei, mais sempre com o mesmo atraso,
Tentando nos dias seguintes achar o teu rastro,
Tínhamos envelhecido e engordado, e a cumplicidade se perdeu sem pedido de perdão,
As vezes antecipamos o destino sem medir os riscos,
Tantas flores caíram do céu justamente quando o quarto estava cheio de realidades,
Ninguém se levantou com violência selvagem, Ninguém tentou usar de novo essa alquimia de cobre e seda para tentar descobrir como trazer de novo algumas ausências,
Mais existe uma raiva intestinal, um pretexto irresponsável que espera uma resposta
e no mais doce dos doces existe uma amargura,
E como se acontecesse sempre algo antes de enterrar a próxima frustração,
Mais sempre temos uma nova chance,
Uma segunda seguinte com a mesma frivolidade.

 

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Diego Tomasco

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