Dueto/ Juan Martín e Ciducha: Solidão

SOLIDÃO

Juan Martín Ruiz

Esta minha solidão
me conforma e me tortura,
neste bosque, na espessura,
onde as saudades estão;

mora na visão sonhada
desse coração flechado
que leva o nome do amado,
que leva o nome da amada.

Solidão que dá o sentido
a esse canto embriagador
com que sublima a sua dor
a ave que tem perdido

o seu tão amado ninho,
porque o vento o arrastava
com tudo quanto ele amava,
com a flor do seu carinho.

Dolorosa solidão

Ciducha

Nós também carregamos nossos lixos,
restos, falhas, fracassos, sofrimentos.
E, todas as dores, todo o avesso das nossas vidas,
que é tão pesado.

As percepções se alteram. Os campos encolhem,
quado a idade aumenta!
Permanecemos estranhos, um ao outro
apesar de termos compartilhado
uma intimidade, que preferimos desconhecer.

Assim, vamos nos justificando,
diante do espelho do pensamento...
Somos sós, sós, tão sós, que não estamos
nem com nós mesmos.

Na solidão absoluta, nada nos é permitido
não tem remédio.
Sentir a ondulação do silêncio
quando recusamos ter a ultima palavra:
----Permitir que o espaço surja
Deixe em branco.
É a solidão da alma.

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Comentários

  • Feliz que tenhas gostado meu querido amigo

    Mandei um recadinho pra você

    Obrigada e meu abraço

  • Belíssima Poesia em Dueto.. Parabéns aos dois Poetas Juan e Ciducha.

    Abraços fraternos 

    • obrigada Antonio

      Abraço

  • Comovente! Apoiado! Abraços!

    • Obrigada Luiz

      Abraço

    • Estimado Luiz, fico muito agradecido da sua visita!

      Um forte abraço!

  • Adorável. Parabens

    • Muito obrigado, querida amiga!

      Um forte abraço!

  • Respondendo aos seus lindos versos, se me permite ,Juan

    Dolorosa solidão

    Ciducha

    Nós  também carregamos nossos lixos,

    restos,falhas,fracassos,sofrimentos.

    E, todas as dores,todo o avesso das nossas vidas,

    que é tão pesado.

     

    As percepções se alteram.Os campos encolhem,

    quado a idade aumenta!

    Permanecemos estranhos,um ao outro

    apesar de termos compartilhado

    uma intimidade,que preferimos desconhecer.

     

    Assim, vamos nos justificando,

    diante do espelho do pensamento...

    Somos sós,sós,tão sós ,que não estamos

    nem com nós mesmos.

     

    Na solidão absoluta,nada nos é permitido

    não tem remédio.

    Sentir  a ondulação do silencio

    quando recusamos ter a ultima palavra:

    ----Permitir que o  espaço surja

    Deixe em branco.

    É a solidão da alma

     

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