Sopro do outono
No chão uma folha segue sem destino
O vento a levando sem escolha e lugar
Diante da cena perdendo o tino
Voeja pra lá e pra cá, sem parar
parecendo um pássaro ainda menino.
Olhando pra folha seca a voar,
Estada não tem e, deixa - se levar
E quando ela cai sem saber levantar
se junta as demais formando um par
qual as andorinhas prontas a migrar.
Assim é a vida a repetir o cenário
Às vezes sem rumo, sem meta seguimos
Como se viver fosse extraordinário,
Sem nos perguntar se feliz nos sentimos.
O dia se vai e a tardinha adormece
no sopro do outono que chega com vento.
Aos poucos a noite co' a lua aparece...
Brilham as estrelas lá no firmamento!
Márcia A Mancebo
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