Sou estranho

 Sou estranho pois me permito essa letargia de pretextos inesgotáveis, 

Sou estranho porque não participo desse mêdo coletivo , dessa culpa que se estende no vazio, 

Sou estranho quando escuto o silêncio que me conta absurdos tão previsíveis, 

Sou estranho quando aperto esses novos gatilhos, quando essa raiva fica limpa e me sinto mais vivo,

Sou estranho quando caio nessa armadilha de ansiedade e encontro esses fósseis inventando nostalgias,

Sou estranho nas minhas contradições, no meu desdém permissivo, nessa verdade que dura somente um dia.

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Diego Tomasco

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