Estou cansado desta ignóbil vida,
o túmulo será meu baluarte.
Revel, não vou querer vela ou estandarte,
por meu corpo à terra espera ávida.
A esposa da ruína é impávida,
para ela, destruir é real arte.
É, o oposto da bela e sacra Astarte,
em breve, verei sua face lívida.As almas do submundo me aguardam,
com ardil, zombaria e canto lúdico.
Nestes locais sevícias abundam,
é o ideal covil de trasgo sádico.
Profiro antes que todos me olvidam,
restará o meu nume e o corpo Ódico.
Comentários
Excelente soneto!!!
Parabéns, Ilario.