Um poema para Apolônia Pinto (teatro-poema)

Um poema para Apolônia Pinto (teatro-poema)

Um Poema para Apolônia Pinto (Teatro - Poema)

Por Francisco Martins silva

 

[Num senário que representa um palco de teatro com um assento especial no centro como um fabuloso trono, está um (a) intérprete que sob o embalo suave de um fundo musical declama com clareza e emoção Um poema para Apolônia Pinto]

 

NARRADOR

Apolônia Pinto foi uma atriz maranhense nascida num camarim do Teatro Arthur Azevedo em São Luis do Maranhão. Uma atriz do século XIX, que para sua época destacou-se nacional e internacionalmente. Manifestava verdadeira vocação e amor pela arte de interpretar, e o teatro era o seu espaço sagrado.

 

INTÉRPRETE

(Em tom suave, expressivo e a manifestar emoção)

 

Mulher, artista, atriz maranhense,

Alma feminina do teatro ludovicense.

O teatro, foi sua sina,

Interpretar, sua vocação.

Filha de uma atriz portuguesa,

Nasceu no camarim nº 1 de um teatro,

O Arthur Azevedo em São Luis do Maranhão.

Foi um natal onde nasceu uma estrela,

Veio aos palcos a brilhar,

Iluminada pelos deuses das artes,

E assim foi, e ainda será digna de nos encantar.

Apolônia Pinto, de uma época que não tinha mídia,

Trabalhar por amor à arte foi o que sempre quis,

Viveu grandes papéis,

Deu vida à ingênua de "A cigana de Paris".

Dos 83 anos que viveu arrancou aplausos das plateias deste país.

Grande dama do teatro maranhense,

Dama também do teatro no Brasil,

Trazia no pescoço um adereço que fora de Bocage,

Uma joia, um realce ao seu brilho de atriz.

Luz dos palcos no século XIX,

Apolônia Pinto, nossa ilustre atriz.

Seu óbito se deu na casa dos artistas no Rio de Janeiro,

Seus restos mortais trazidos ao teatro Arthur Azevedo em São Luis do Maranhão.

És sempre musa, oh, lendária, intérprete Apolônia

Feliz quem teve a chance de nos palcos de contemplar,

Falar de ti sempre traz emoção

E em gratidão pela tua contribuição à cultura que só faz encantar,

Tenho a honra de neste palco com este poema te homenagear.

 

(O intérprete levanta-se do trono e reverencia o público. Fecham-se asa cortinas)

 

FIM

 

 

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