Vagar no Ódio  

Vagar no Ódio   

Vagar no Ódio

 

O seu ódio de mim inabalável

As raízes de rugas enfeitiçam

Na nuvem branco alvo de papel

Picada suas dores desperdiçam

Sórdida alma um frangalho galho podre

Não me conhece nem nunca me viu

Por arriba de tudo o que sabes sobre                                                            

Psicopata de mim extremo vil

Padece do destino infeliz

Para sempre das crônicas as dores

Faz da vida mulher meretriz

Recebeste um buquê de rosas flores

Destruiu com tesoura como um triz

Construiu um inferno nubladas cores

Andou caminhos por vãs curvas tortas

Cego nego negar os bastidores

Sem vida o que envida busco portas    

FIM

                              

Versos decassílabos

Antonio Domingos

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