Eu achava tão bonito
quando mamãe dizia:
Meu filho, brinca lá fora,
Me deixa fazer a comida
E vai catar coquinhos!
Eu ria e obedecia,
Voltava pro quintal
Onde não tinha coqueiro
que eu pudesse subir!
Mas lá estava meu pai
Consertando uma cerca
Que a chuva derrubou.
Chegando bem pertinho
Peguei o martelo pesado,
Encantado com os pregos,
Mas logo meu pai falou:
- Meu filho, deixa isso aí
E vai pentear macaco!
Eu ria da expressão,
Voltava lá pra cozinha
E rodeava mamãe
Até ela gritar comigo:
Vê se me deixa em paz!
Marco Aurélio Rodrigues Dias
São Lourenço, MG, 2013
Comentários
Que delícia de poesia!!!
Parabéns.
Abraço
Grato, Marcia, pelo comentário.
Nossas mães tinha um jeito bastante inteligente de jos fazer ver a ociosidade e o perigo das coisas. Valeu a leitura. Abraços
Verdade! Abraços!