Xeque mate
Esse jogo duro que a vida me outorga.
Colocando em xeque mate meu viver
Tirando a liberdade e não revoga.
Só me anula sufocando - me ao sofrer!
Esta artimanha que a vida faz comigo;
Tirando-me o tino, o sentido do amor
E sem acolhimento ... sem ter abrigo
Escurece, nubla sem que eu veja cor...
Apenas, tabuleiro denso, profundo;
Com anseios vagos indiferentes
Pra que eu possa sozinha ir pelo mundo
A procurar rumos não convenientes.
Sou peça de xadrez manipulada.
E sem alternativa tento esconder
O quanto desejo amar, ser amada.
Resta seguir a trilha do fenecer
Co'a face tristonha do padecer.
Como o tempo é absoluto e mandão!
Me faz cativa do seu cismar
Do capricho efêmero da razão
E por prazer quer me maltratar...
Quem paga alto preço é o coração.
Um coração sofrido e tão inocente
Por não entender o jogo da paixão:
Mais uma vez se entregou tão convincente.
E hoje é prisioneiro da desilusão.
Márcia A Mancebo
18/10/2021
(Atividade do grupo imagem poesia)
Comentários
Um texto soberano. Parabéns pela escrita. Abraços carinhosos
Obrigada amiga.
Bjsss
Obrigada Margarida.
Bjs
Mais uma belíssima obra poética!
Parabéns Márcia!
Obrigada amiga querida 😘😘