Medo

Escuto os passos do medo.
Ele avança,para que seja sentido
 nas sombras da noite.

Esteve o tempo todo rondando
 em lugar escuro,açoitado pelo vento
 como  um fantasma preso,
 na cela sombria da memória.

Faz do meu corpo um aquário
onde sua sombra navega esquiva
vagando por veredas primitivas da
 alma flutuando,apertando o laço
 que envolve a vida...

Nesse momento,a saudade na noite 
  da existência cambaleia sonâmbula
 nas mãos da memória.

Abro o livro do desencontro e não viro
 a primeira página;temo que o medo
 vergue atirado por sombra sinistra.

A espera foi longa,deixou um sabor
 amargo,uma falta instalada que
 desliza triste em...
Quase nada.

Marcia Portella_Go

(20/ 01/10 )

Imagem_By_ marijana kovacevi

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Comentários

  • Que bom te ver, novamente.

    Lindíssimo teu poema.

    Parabéns e Destacado!

  • O medo sempre será um dos espinhos da carne...tem seu lado positivo... quando não temos medo não temos cautela e aí, morremos. Excelente texto. Parabéns!
    • Angélica,grata por sua presença e sábio comentário...Abraço

  • Ainda encontramos coisa adequada na Internet. Como seu admirador exaltado estou aguardando as vindouras.

    • Sam,grata por seu comentário generoso.Estarei de volta em breve. Abraço

       

  • This reply was deleted.
  • Parabéns, poetisa, poema lindo, primoroso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!

    • Poeta,grata por estra presente.Abraço 

  • O medo é cruel...
    Amiga, no terceiro verso da segunda estrofe houve a repetição (sem vírgula) da palavra "como". Será intencional?
    Beijos!!!
    • Nina,não foi intencional foi lerdeza mesmos (rs.)..Grata pela correção e por estar presente...Abraço

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CPP