Imagem colhida na página de Frederico de Castro
Talvez,
este coração aprenda que ele
estará sozinho no final da jornada.
Todas as ilusões vão se quedar,
e todos os sorrisos se esgotarão,
e ficará, apenas, o lance da saudade
em meio às, esmaecidas, lembranças.
Talvez,
eu me sente, nos fins de tarde,
no silêncio da varanda para sentir,
a poesia que exala, delicadamente,
dos vasos floridos que hão de morrer,
junto à minha, infrutífera, inércia.
Talvez,
eu beba meu último gole de chá,
na caneca preferida, olhando o azul
do céu ser engolido pelos flocos de algodão,
e alinhave meu ultimo poema de amor,
na jocunda imaginação dos teus braços
e do beijo que nunca te dei.
Então,
eu partirei feliz, por ter sentido
o toque do gelo e do fogo,
o sabor do amargo e do doce,
a dor e a alegria correndo por dentro
de mim feito água de cachoeira,
me transformando em poesia.
Edith Lobato - 22/01/16
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Comentários
Linda e majestosa, faz poesia para colorir e enfeitar o mundo e a vida.
Você está de parabêns, suas poesias são encantadoras
Linda poesia, Edith! Gostei demais!
Aproveitemos o doce da poesia e da vida para um dia, então, partimos, felizes e agradecidos!
Abraços
Obrigada pela leitura Ma. Gloria.
A magia do poema poetizou-me. Estou encantada! Lindo! bjs
Obrigada Marso pela leitura.
Mais que bom e belo, ainda triste e melancólico, mas com algo de esperanza, nestos versos brancos maravilhosos e um poema espectacular que volto a lir com devoção.
Parabéns com minhas reverências.
Beijos, minha deusa linda.
Obrigada Nieves, por tudo.
Obrigada Julio pela leitura.
Obrigada Suzana. Grata pela leitura.