ÚLTIMO CICLO DA VIDA

ÚLTIMO CICLO DA VIDA

 

O que me resta.

Apoiar o cotovelo

sobre a mesa e

esperar a vida acabar.

 

Não sei voar,

Então meus sonhos

resumem-se a um

chão onde todos

pisam.

 

Meus pensamentos

são cupins da alma.

 

 A graça da Lua hoje

me machuca,

Estrelas pontiagudas

atravessam meu

peito.

 

Estaciono as horas

no pavilhão da

saudade e fecho a

porta atrás de mim.

 

Entre o fim e o

começo

a vírgula dominante

da dúvida surge

impiedosa como

a lâmina

da consciência.

 

São tantos desvios

no labirinto da vida

que não sei mais

onde podem

se cruzar antes da

morte.

 

Sem a sabedoria

dos astros, entrego a

luz que brilhava em

meus olhos e visto

a mortalha que me

devolverá ao lugar

onde tudo começou.

 

Aposto meus dedos

que vou perder,

Mesmo não tendo

nada a perder.

 

Mário Sérgio de Souza Andrade – 15/05/2017

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Comentários

  • 3666849?profile=original

  • Vultos de nosso olhos que sai das sombras onde a escuridão não é plena  de luz. Gritos que saneia dos profundo acionado por aquele vento arrepiante que se açula dos vempes de uma noite onde gemem as almas.

    poema belíssimo 

  • 3666634?profile=original

  • Extraordinária obra, Mário! Meus aplausos! Bjs

  • Cumprimentos pelo extraordinário texto.  Tudo o que aqui decodifiquei me fez sua força poética.

     

  • Parabéns, poeta, poema lindo, primoroso, encantado... Abraços, paz e Luz!!!

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