ÚLTIMO CICLO DA VIDA
O que me resta.
Apoiar o cotovelo
sobre a mesa e
esperar a vida acabar.
Não sei voar,
Então meus sonhos
resumem-se a um
chão onde todos
pisam.
Meus pensamentos
são cupins da alma.
A graça da Lua hoje
me machuca,
Estrelas pontiagudas
atravessam meu
peito.
Estaciono as horas
no pavilhão da
saudade e fecho a
porta atrás de mim.
Entre o fim e o
começo
a vírgula dominante
da dúvida surge
impiedosa como
a lâmina
da consciência.
São tantos desvios
no labirinto da vida
que não sei mais
onde podem
se cruzar antes da
morte.
Sem a sabedoria
dos astros, entrego a
luz que brilhava em
meus olhos e visto
a mortalha que me
devolverá ao lugar
onde tudo começou.
Aposto meus dedos
que vou perder,
Mesmo não tendo
nada a perder.
Mário Sérgio de Souza Andrade – 15/05/2017
Comentários
Vultos de nosso olhos que sai das sombras onde a escuridão não é plena de luz. Gritos que saneia dos profundo acionado por aquele vento arrepiante que se açula dos vempes de uma noite onde gemem as almas.
poema belíssimo
Extraordinária obra, Mário! Meus aplausos! Bjs
Cumprimentos pelo extraordinário texto. Tudo o que aqui decodifiquei me fez sua força poética.
Parabéns, poeta, poema lindo, primoroso, encantado... Abraços, paz e Luz!!!