Posts de Edvaldo Rofatto (81)

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ÂMBAR

ÂMBAR

Sumo
É o que escorre
Não só do fruto sempre mordido,
Como também do pensamento
Raras vezes moído
Por ser rala a coragem.
Líquida, quando há fome,
A vida escorre,
Represado rio entre represas
De tempo e sentimento.
Fio de água e sal.
O fluir sem fruição.
O amar – o gosto
Do que é mais sumo
(E nele, a verdade)
que seiva doce
(o suco do beijo)
Com sabor de não saber
O quanto é sumarento
O amor em seu curso.
E o amargo fica
A travar a face,
E se multiplica
No sumo,
Que vira âmbar,
Uma gema a guardar,
Em essência,
Dentro do ocre,
O que foi amor
E que não some.

(E. Rofatto)

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