(Baseado em fatos reais)
“O cotidiano com toques de poesia!”
Penso na garotinha apreciando
uma boneca na vitrina
Seu olhar exibia uma mensagem
de piedosa caridade
O proprietário da loja varria
o salão alheio à menina
Que produzia uma incessante
inquietação de mocidade
O tempo mudou de repente,
e as nuvens escureceram
A pequenina adiantou o passo e,
encostada à vidraça,
Fez boca de “peixinho” comprimindo
os lábios que fizeram
Os olhos quase saltarem e com “eles”
o brinquedo abraça
Ali, a receber respingos da chuva
permaneceu entretida
Eis que afortunadamente
um pedinte dela se aproximou
E intuiu repentinamente o sonho
da criança enternecida
E ao responsável do comércio
veladamente perguntou:
Quanto seria, por acaso, o custo
daquele precioso mimo?
E fez menção de procurar algo
dentro do saco de algodão
Ao que o comerciante deu-se
conta e disse: já fui menino
Li tudo nos olhos da menina!
E fez paternalmente a doação!
Rui Paiva
Comentários
Rui como disse o nosso grande amigo William Shakespeare: Tudo vai bem quando termina bem!
Que bom, que bom que o final foi maravilhoso. Parabéns Rui. Lindo poema.