A Brisa
Chega um ar suave na face
Da moça tão tímida, submissa
Aos fugazes desejos, disfarce
Sem rumo, sua estrada é movediça.
Presença serena do vento
Passa por sulcos do rosto
Sofrimento no escuro, tormento
Noites chegam mal o sol posto.
A brisa enfurece e se transforma
Num vendaval que vai arrastando
Sonhos guardados para a plataforma
Da região abissal, já sem comando.
Onde ficou a suavidade da brisa
Que se perdeu no redemoinho
De palavras em sentido, à guisa
Da verdade nua, sem escarninho.
Serenou, a brisa voltou com a aurora
Aos quatro cantos a voraz tormenta
Partiu nas asas do vento que agora
Trouxe ao seu coração luz alvacenta.
Mena Azevedo
Comentários
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Oh! Sam, que dera fosse essa fonte! Muito obrigada, poeta! Bjs.
Meire, querida, muito obrigada! Bjs.
Obrigada, Edith pelo Destaque! que bom que você gostou! Bjs.
Destaque merecido aplausos abraços
Boa noite prezada poetisa amiga. Estou aqui bebendo água do seu santuário poético!
Muito lindo este poema, lindo e lírico. Lindíssima inspiração querida, Mena.