A canção terminou
Foi embora a minha canção
Que morava, há muito, em mim
No âmago do meu coração
Que hoje se digladia e faz motim
Para afastar essa verdade enclausurada
Entre tantos encontros e desencontros
De uma paixão que em mim ficou aninhada...
Liberto agora das amarras essa verdade
Que permeia meu ser em transe
E rompe as algemas da insolente vaidade
Com o semblante que franze
Ante o olhar sisudo do maestro
Que faz minha canção parecer mais leve
Ao tocar nas partituras do meu estro...
Partiu a minha mais doce emoção de viver
Com ela tocava a vida em devaneios
E dentro do meu ser a melodia
Mais terna me embalava sem rodeios
O coração que, com certeza, não queria
Falar nessa hora de despedida
Dos sentimentos que foram seus esteios...
Mena Azevedo
Comentários
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Não, Elaine, não vou deixar... Muito obrigada, querida! Bjs.
Mena! Não deixe que a canção termine!
Belíssima poesia! simplesmente amei!
Abraços carinhosos
Obrigada, Edith1 Beijos e boa noite!
A canção da vida nunca se perde, ela pode até entristecer, mas ela se renova na própria vida que se abre cada dia. Lindo poema.