A DANÇA DOS CORPOS

 

Corpos em transe, suados, exaurindo suas forças,

Em suaves danças, em ritmos sincronizados, cadenciados corpos,

Incansáveis brados, heroicos mártires do prazer, tão afoitos,

Indomáveis por suas buscas, num inédito frenesi do amor.

 

Longos são os suspiros, inflados como a noite interminável,

Pra que descanso, se somos devotos, o açoite dos amantes,

São corpos esculpidos pelo suor, pelo desejo e pela leveza da dança,

São balanços intermináveis, em transe, corpos afeiçoando-se.

 

Madrugada ingênua e longa, exploram seus ávidos devaneios,

Libido corpos, alheios aos olhos da noite, dançam a dança da imaginação,

E no limiar do prazer, promessas, são dádivas levados pela emoção,

Nos martírios do sabor da ilusão, os chicotes do açoite são meras encenações.

 

A música instiga a não acabar, exaustos, os corpos se entrelaçam,

A pureza dos atos, imaculados são teus laços, que se atracam,

Incontidos em perdidos abraços, meticulosos movimentos profanos,

A fadiga se impõe e a arte da dança é infinitas doces lembranças. 

Ricardo Sales.

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Ricardo Sales

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