À deriva

À deriva

Perdido e solto ao mar o barco vaga,
alheio a própria sorte e impoluto,
de um lado e doutro não vê nenhum vulto,
na solidão do mar saudade afaga.

Errante segue o curso, o medo traga,
pois longe ruge forte o vento astuto
e o mar que antes calmo, revoluto
engole o barco feito imensa draga.

Oh, Céus me socorrei da morte horrenda,
Livrai-me das crateras destas fendas,
Que cobrem o meu barco solto ao mar.

Poupai-me deste inferno, não me renda,
a vida exposta, assim, em oferendas,
me lembra de quem tanto amo amar.

Edith Lobato - 14/03/16

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Edith Lobato

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Comentários

  • Muito bom seu poema Edith, gosto quando fala do mar, elevando a ele grandeza.

    Ao mesmo tempo que o idolatra, dá a ele poder majestoso.

    Não sei se tenho medo ou fico maravilhada com ele, só sei que o amo em seus poemas.

    Beijão carinhoso de Veraiz, poetisa feliz

  • Você nos move a prosseguirmos escrevendo com mais acendimento e deleite. Venha bombardear o plágio numa partida de futebol em minha página!

  • Fantástico exuberante bjs
  • This reply was deleted.
    • Obrigada, Geraldo por tua leitura e apreciação.

  • Poema repleto de encantamento.
    Adorei ler-te!

    ☆☆☆☆☆
    • Grata por tua leitura, Elaíne.

  • Que lindo querida Edith..Tocante o teu soneto...Meus parabéns...Beijos

    • Obrigada Sandra Leone.

  • Lindo! Lindo! Lindo! Perfeito, Edith! Encantada!

    • Obrigada, Sandra.

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