AGONIA
Agonia
Em tempos bons cavalguei sem agonia
As flores me levavam até o sol sem maresia
Cantavam comigo as pelejas das simplicidades
Fazia-me feliz mesmo de pés descalçados
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Em galopes, meu cavalo e meu alforje
Sustentavam-me nestas viagens de outrora
As águas banhavam-me rio afora,
quando a quentura abrasava meus pés
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Enquanto os gados saltitavam fazenda afora
Os homens laçavam com prazer suas crias
E os notáveis calos nas mãos os envaideciam
Sem se preocuparem com as vaidades do outro dia
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Hoje em agonia o corpo e a alma se angustiam
Um vazio espaçoso e espantoso os abraçam
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A tecnologia roubou todo nosso espaço
Ficamos deveras sem nada.
Selda Kalil.27.07.2017
Comentários
Obrigada queridos amigos pelaslindas visitas
Meu abraço
Parabéns, poetisa amiga, poema lindo, primoroso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!
Muito bem construída a poesia!