Alucinação

Alucinação

 

O céu manchou de azul

as areias brancas

entre as conchas da praia

naquela noite derradeira.

 

Os meus pés esbarram no infinito

no estalar dos meus beijos

que enchem de organdi os arvoredos

perfumes de uma leve consistência

que pelas ondas de ventos mornos

encantam pela sua existência.

 

 

Os medos do corpo estão comigo

a vida a morte o vazio

mas agora é madrugada meu amigo

e o frio da solidão me abraça

e por mais que eu faça

eu não posso dormir.

 

Tento entender o desentendido

amenizar o meu castigo

de só compreender o incompreendido

mas enfim eu sou humano. Ou não?

e desumano seria eu ignorar a minha

alucinação.

 

Alexandre

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Alexandre

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Alucinação que ás vezes é mais real que a realidade.

     O medo e nosso pior inimigo.

     E conjuntamente com a solidão não desejada, na escuridade da noite se faz pesadelo.

     Temos dereito e a obrigação de ser "humanos". E se racionaliçamos esses medos, pode que podamos dormir melhor...

     Muito bom poema.

     Metáforas excelentes, belas demais.

    E um sentimento que corroi as veias da alma. 

    Parabéns.

     Beijos!

    3603367?profile=original

     

  • Muito bem escrito seus versos Alexandre!! Parabéns !!
This reply was deleted.
CPP