Nada me faz tanta falta como a tua presença
esqueço de me nutrir, saltito todas refeições
o respirar não me dou conta, é convalescença
se acaso me escasseia o ar em meus pulmões
Há de me faltar o sol, mesmo todas as cores
até mesmo de mim eu porventura me esqueça
ignoro os percalços, desdenho minhas dores
incrédulo fico, sabes, se acaso sem ti eu pereça
O som dos mares ricocheteando nas penedias
o trinado dos pássaros no peitoril das janelas
mesmo a brisa acariciante e as suaves melodias
tudo, tudo sem sentido se a mim não te revelas
Vaga impressão me inclina de que nada necessito
algo me reacende a chama que arde nas entranhas
e possuindo tudo mesmo sem ter nada eu insisto
no deleite do teu corpo quando no meu emaranhas
Rui Paiva
Comentários
Se issto é uma alusão, eu sou a Papisa de Roma.
Direitinho, afirmativo, contundente e espectacularmente belo, querido e grande Rui.
Parabéns de novo, grande poeta e amigo.
Beijos
Lindo!
Parabéns por tão bela inspiração, poeta!
Abraços carinhosos.
NO DELEITE DO TEU CORPO... LINDO E APAIXONANTE...