Na via do seu ensejo singrei temas inequívocos
No seu logro ninfa introduzi calientes sinfonias
Possuída pelos saraus dos meus inquietos lábios
Descortinei o oculto dos seus infindáveis mundos.
No fogo da paixão instrumentei o paradísico
Nas partituras do seu corpo reinei o frêmito
Como um zíngaro não oscilei no hino solo
No ritual da sua volúpia vinculei o desfrute.
Na aguçada sede, no ritmo ousado da batuta
Incitei seu metabolismo com minuciosas notas
De um suave violino, nos dígitos dos seus anseios
Fizeste-me o seu regente, súdito da sua orquestra.
SAM MORENO
Comentários
Uauuu, lindo! Brinda-nos com poesia da mais fecunda lavra.
Um poema belíssimo, Sam! Um erotismo sutil e deslumbante! Bjs