Céu SAngrando

Céu Sangrando

Venho na borda deste mundo

Para perceber o incontrariável

Posso dizer não será agradável

Nem que com isto eu comungo.

 

Vejo o brilho selvagem que irradias

Nele o amor e o ódio nos consome

Esta febre louca que nos engole

Neste olhar intenso e indiferente.

 

Fez que eu me visse de repente

Como um ser vazio, seco e carente

Quantas outras vidas isto anuncia

Muitas já passadas e distantes.

 

Esta dor que nos queima lentamente

Em meio à tão intensa ventania

Sinto teus cabelos no meu rosto

Sinto tua pele quente e macia.

 

Ah quando, percebo no teu olhar

Toda esta dor que a faz carente

Deixe-me chorar para não vê-la chorar

Permita-me que a ame eternamente.

 

Percebo-me fraco e confuso

Grito o nome teu a todo instante

Ouço o silêncio como resposta

Só vejo intensas  brumas no céu difuso.

 

Tropeço, caio, grito e olho tudo

Não a tendo mais comigo eu sigo andando

Mas em meio à escuridão para o meu lamento

Somente posso ver o céu sangrando.

Alexandre

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Alexandre

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