Chamas...

Chamas...

Eis que reapareces... relembranças...
momentos eternos dum beijo
tormentos tão doces e tão amargos.

É  tarde...
meu eu antigo
sou incapaz de ressuscitar.

Corpo tombado de anseio reage...
de paixão quer de novo delirar
se perder no que não se perdeu
queimar-se na chama do amor que sempre foi seu.  

Jocoso, o "eu" de hoje, desdenha:
"Do que te queixas?
Gota a gota desse sonho de amor
depositastes no cálice do esquecimento. 
Desse antídoto te embriagastes".
 
Limiar do desejo extrai  tão terrível impassibilidade...

"eu" ressurge tão amante já foi
sem temer orfão amanhã
deixa-se queimar na chama do reviver...

amor banido dos poros
inda é loucura, é paixão
aos caprichos da morte se sujeita não. 

Marisa Costa

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Comentários

  • É incrível como aquilo que pode produzir doçura também pode conter amargura. Bela inspiração. Marisa.

    Parabéns!

  • Liricamente lindo, poeticamente perfeito. Adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! bjs

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