Cheiro de Folhetim...
Das pautas dum bolero
versos com cheiro de folhetim
poetizam folia duma paixão...
tórrida, seduz...
quereres, escancara...
doida, enfeitiça...
momento em que o tempo para...
corpo molhado, carinho e amor nega não
por toda noite desejo sacia, alívio da solidão
dia amaldiçõa, prazer roubado.
Mas, ah, refrão em gritos roucos
vil e sem clemência, estilhaça:
“ Vontade lasciva é ilusão que se acaba”
jogando-a contra a parede
geme notas descompassadas
sem rimas, sem efeitos
dor é visível...
e está só e a noite...
Marisa Costa
Comentários
Muito tocante à forma como lidou com o tema o evolucionando na mente do leitor.
Poema encantador, Marisa. Parabéns pela linda composição.