Na janela da cozinha do boteco do arraial
Seu pensamento a movimenta por dentro
ANA BELA menina de repente virou mulher
Acende o fogão a lenha, café forte, cachaça
De cabeça,ansiosa em perde sua virgindade
Ela fez sua escolha entregou-se ao seu amor.
Onça selvagem, chama no paiol de pólvora
Como Pimenta Cumari entusiasma o caboclo
Embebida se explodindo com mil aspirações
Sem lei serpenteia o caboclo, corrompido ele
Afaga e saboreia a suculenta deliciosa pitanga.
Água quente na tina com flores de laranjeiras
Ao toque da pele abafam o juízo em pura brasa
Na atmosfera das luzes anêmicas das lamparinas
Os turismos das bocas faíscam delírios acessíveis.
O som vindo do riacho ambientava às núpcias
Passarinho fora da gaiola, pombinha contente
Em armadas cavalgadas, ao alvorecer banquete
Para o Rei, pão de aipim, carne de sol com pirão
Manteiga de garrafa,o sagrado caldo de mocotó.
Cisca a galinha, o galo canta alto o dia promete
Na noite doce de leite nos lábios, cigarro de palha
Namoro na rede, juras de amor, pulsação arterial
Abraços apertados, decantada em versos e prosas,
Afogueado o caboclo cai na dança com ANA BELA.
SAM MORENO
Comentários
Muito bom! :)
Abraços carinhosos!
Que originalidade, Sam! Espetacular! Bjs
Qué bom!
Grande Sam.
Poema, imagem e música!!!!!
Bravooooooooooo
Alegría neste començo de semana.
Bravo, poetazo.
Parabéns!
Beijos