A noite voa, a madrugada chora,
E chora, sim, minha alma sem despeito,
Mas chora pelo vosso amor que aflora,
E jorra qual o mel dentro em meu peito.
Meu corpo em febre a repousar no leito,
Exposto à sombra esguia da aurora,
Escuta teu cantar lindo e perfeito,
No sicilar da brisa que há lá fora.
Não sabes que por ti nos sonhos meus,
O amor que nutro até faria Zeus,
Doar o Grande Olimpo para tê-lo.
Nos teus olores meu ser se derrama,
E vai feliz na corte desta rama,
Beber na sazonal fonte do amor.
Edith Lobato – 05/06/14
Comentários
"A noite voa, a madrugada chora..." ( Edith Lobato)
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LA NOCHE VUELA, LA MADRUGADA LLORA
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Se van las horas curtiendo soledad
y se abandona al vacío que deplora
en ésta harta y frecuente brevedad
donde el amor se muestra y la devora.
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Su desprecio en la madrugada llora
-desequilibrio cruel, frío y constante-
actos de desamor que ella deplora
con su confianza muerta en un instante.
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La noche vuela en su dolor y acierta
entrelazada con su llanto seco.
Pasan los días por su canto hueco,
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-atormentada- esas mareas sin vientos
van empapando la conciencia cierta
de olvidos que agonizan sentimientos.
…
Nieves María Merino Guerra
Gran Canaria - España
21 de julio de 2014
14,00 hora canaria
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Nem sei que dizer, amada, ainda lembro muito bem deste momento e para mim foi lindo. Obrigada por postar o teu belo soneto aqui.
Hemocionante... Minh'Alma chora... A madrugada Voa!!!
REPETIDOS APLAUSOSSSSSSSSSSSSSSSS - gaDs!
Ah... Maravilhosa a Art'Anônima!!! Deslumbrante - integrando o sentir sentido!
Magnífico soneto! Escreves com esmero e perfeição!
Boa noite! Bjs.
Tentei encontrar o poema que fiz com seus versos em seu homenagem, mas não há maneira...
rsrsrsr
Adoro vocês.
Seu poema e o dueto de Marco.
Geniales.
Miles de beijos, meiga amada e corsario irmão.
Declaração...
Ah... quisera tanto e tanto,
Teu carinho que me afaga,
E que cura, por encanto,
A saudade que me esmaga.
Ah... escuta este meu canto,
Mesmo em tão distante plaga,
Não há dor, não há quebranto,
Que o teu amor não apaga.
Este amor, pura ventura,
É o mais sublime encanto,
Que vem do coração vosso.
Perdão... nesta vida dura,
É tão pouco amar-te tanto,
Mas amar-te mais... não posso.
(Marcos - 08/11/2015)
Ah Marcos, que maravilha, receber para dueto este soneto monostrófico belíssimo, cuja poesia salta do eu lírico e nos emociona. Obrigada pelo carinho, pela rosa, pelo soneto, pela leitura que muito me honra.